Este final de semana me veio na lembrança algumas histórias de bebedeiras. Vou contar alguns acontecimentos, todos com o mesmo personagem: o figura "sem noção" Mauriti "Mercúrio" (como principal em duas histórias).
De bêbado não tem dono I
Na minha despedida de Registro (1994), resolvemos sair e tomar todas (no RBBC - clube onde aconteciam os bailes da cidade). Lembro que tomei tanta cerveja, que já não conseguia consumir mais por falta de espaço físico! Não só eu, mas Xuxa e Rogério já não conseguiam tomar também e, por este motivo, a cerveja acabava esquentando e tínhamos que jogar fora (estávamos jogando no vaso sanitário).
Alex e Mauriti estavam com tudo, não dava para acompanhar. Quem bebe sabe que nestas horas, sentou se ferrou: se parar e sentar para descansar a bebida sobe e derruba de vez.
Pois bem, Mauriti sentou e simplesmente desmaiou. Bom, deixamos ele dormindo na cadeira e continuamos curtindo o baile.
Alguns minutos depois, Mauriti apareceu entre o pessoal (bem torto e louco por sinal). Ele chegou do meu lado e falou que não estava se sentindo bem. Quando captei o que aconteceria, já era tarde: não deu nem tempo de me esquivar: vi jorrar o maior jato de vômito da minha vida! Bem no meio do salão lotado! Direto em um grupo de meninas que estávamos paquerando! Abriu um vácuo no meio do salão, que até aquele momento mal dava para se movimentar de tão cheio! Uma cena bizarra: eu e as meninas cheios de vômito do "sem noção" (só pedaços de cebola, pimentão e carne...que nojo!).
Mas amigo é amigo e eu e os outros meninos levamos o "cozido" para casa carregado.
A força do jato foi tão forte e contínua que apelidamos de "trovão aurora" - golpe do cavaleiro do zodíaco Hyoga.
Trovão Aurora - Golpe do Cavaleiro Hyoga de Cisne
De bêbado não tem dono II
Outra história foi durante a Copa do Mundo de Futebol de 1994 (O Brasil foi campeão). Nas semifinais resolvemos ir assistir ao jogo no mesmo salão de baile da história anterior (RBBC), onde foi transmitido através de um telão.
Outra história foi durante a Copa do Mundo de Futebol de 1994 (O Brasil foi campeão). Nas semifinais resolvemos ir assistir ao jogo no mesmo salão de baile da história anterior (RBBC), onde foi transmitido através de um telão.
O Brasil enfrentou a Suécia. A seleção sueca tinha as cores e uniformes parecidos com os da Sociedade Esportiva JC, então resolvemos torcer contra a nossa nação.
Pintamos a cara de azul e amarelo (cores suecas) e vestimos os uniformes do JC. Entramos no salão "tocando o horror" e tomando todas. Novamente a história do "tomou, sentou, se ferrou", ou seja, sentamos para assistir o jogo bêbados.
O goleiro da seleção sueca era Thomas Ravelli. No meio do jogo, Mauriti não parava de repetir: "Pão, sabia que o Ravelli é o dono da Ravelli!" e se matava de dar risada. Ele falava que o goleiro era dono de uma industria brasileira chamada Ravelli Moda Masculina, que na época produzia tênis para o público jovem (coisa de bêbado!).
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Thomas Ravelli - Goleiro sueco |
Naquele momento já senti que ele estava mal, então falei para ir ao banheiro e lavar o rosto. Para chegar ao banheiro, tinha que passar em frente ao palco do salão (ou seja, na frente do público). Mauriti escorregou e levou um tombo (levantou os dois pés) digno de fazer inveja para qualquer dublê de filmes de ação! E com platéia!
O Brasil venceu por 1X0, gol do gênio Romário, e apesar da nossa torcida inicial para a Suécia, fomos festejar a classificação do Brasil para a final da Copa.
Logo após as partidas (com vitórias, é claro!), aconteciam as carreatas pela cidade. Eu e toda a molecada subimos na carroceria de um caminhão com nossas cornetas (agora chamada vuvuzela!) e apitos aos gritos de "éu, éu, éu...sai que é sua Taffarel!" e "Brasil, Brasil!!!!".
Copa do Mundo 1994: Brasil 1 X 0 Suécia - Melhores Momentos
No meio da carreata, vejo Mauriti sentado no canto da carroceria (não conseguia ficar de pé!!!) e uma poça de água em volta. Na verdade não era água, pois quando fui falar com ele ouvi a seguinte frase: "Pão, me mijei!!!". Vão me perdoar pelo texto, mas eu tenho que registrar: háháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháhá! E peço desculpas novamente pela segunda frase, mas vou ter que escrever: "Pão, acho que vou cagar!!!"... háháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháhá!
Ainda bem que ele não cumpriu o que falou na segunda frase.
O caminhão deu uma parada, os meninos pularam e ajudaram Mauriti a sair de lá. O problema foi que o caminhão voltar a andar e eu continuei na carroceria. Tive que pular com ele em movimento e tomei o maior "capote" quando toquei o chão, chegando a rasgar a calça jeans que estava usando.
De bêbado não tem dono III
Outra história que lembrei aconteceu na Ilha Comprida/SP (município ao lado de Iguape/SP).
Outra história que lembrei aconteceu na Ilha Comprida/SP (município ao lado de Iguape/SP).
Era carnaval e Mauriti levou aventais, tocas e máscaras cirúrgicas para usarmos como fantasia. Tivemos a idéia de utilizar um galão de água mineral para preparar o "remédio dos médicos", misturando suco de maracujá concentrado e aguardente.
Vou manter no anonimato o "astro principal" desta história, pois perdi o contato com ele e não sei se representaria algum problema esta divulgação.
Saímos na pequena avenida "apavorando" com nosso galão de "remédio", balão de camisinhas e uma corneta (vuvuzela).
Esta pessoa que estava com a gente não tinha o costume de beber e cometemos o erro de deixar o "remédio" nas mãos dele. Resultado: nem cinquenta metros depois de sair de casa, ele já havia tomado a metade. Bebia como se fosse suco de maracujá! Alguém acha que aquilo iria terminar bem?
A avenida da Ilha Comprida (contando a parte principal) deve ter entre trezentos e quinhentos metros. Posso dizer que aconteceu quase de tudo neste pequeno trajeto.
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1999: Anônimo, Rogério, Alexandre "Pão Doce" e Mauriti "Mercúrio" |
A avenida da Ilha Comprida (contando a parte principal) deve ter entre trezentos e quinhentos metros. Posso dizer que aconteceu quase de tudo neste pequeno trajeto.
Começamos sendo agarrados por várias mulheres querendo "tratamento do coração" (inclusive com exame de batimentos cardíacos....hehehe!). Como chamamos a atenção do povo (a maioria mulheres), uns babacas tentaram nos agredir (por pura inveja!), mas revidamos e eles saíram de cena.
E o nosso amigo "matando a sede"! Vi que tinha perdido a noção quando tentou enfiar a corneta em um negão de dois metros de altura (ali mesmo onde você pensou!) e nesta tentativa quebrou o brinquedo! Ainda bem que o cara levou na esportiva.
Chegando no final da avenida, o anônimo só conseguiu falar uma frase: "Vocês são meus amigos, não me deixem sozinho!" e caiu como uma árvore centenária sendo derrubada, de cara no chão! Ficamos assustados com a queda e com o desmaio.
Eu e Mauriti conseguimos reanimá-lo depois de alguns minutos e o convencemos a se lavar na água do mar. Entre a areia e o mar existem umas estruturas de madeira e o anônimo voltou a cair, só que agora de costas e bateu a nuca na madeira violentamente.
Mas vaso ruim não quebra. O anônimo tinha um biotipo forte, pesado e musculoso. Mauriti foi com ele (para segurar) até a água do mar, na altura da canela. Eu fiquei de longe observando, quando senti que algo errado estava acontecendo: o franzino Mauriti não estava conseguindo segurar o pesado anônimo e os dois estavam se afogando na marola. Fui correndo ajudar e saímos da água.
Como a coisa estava feia, resolvemos levá-lo ao posto de saúde (que ficava no final da mesma avenida). O anônimo só repetia: "Isssssssstou bem! Eu xeeeeeeiii que carro é aquele...é um fuuuuuuuucão!" - voz quase incompreensiva de tão bêbado e tentando provar sua lucidez ao identificar um Fusca.
Chegando ao posto de saúde, tivemos o atendimento negado. Imagina a simpatia com que fomos recebido: noite de carnaval, verão, madrugada, todo mundo em festa.....e os funcionários trabalhando atendendo bêbado.
O anônimo enlouqueceu e começou a dar escândalo: "Eu vou proxeeeeeeeexarrrrrrrr voxêiiiiiis!!!". Mauriti ficou na "pilha" logo após fazer uma brincadeira com o atendente que não entrou na dele e se ofendeu.
Eu senti que não iria acabar bem e tentei manter a calma. Mauriti continuou a brigar (e chorar - sempre chora quando fica nervoso!) e o anônimo gritando palavras de ordem contra a administração pública e seus governantes, totalmente indignado com a recusa do socorro!!!
Ao tentar acalmar Mauriti, escutei mais uma voz gritando com o anônimo: era outro bêbado, conhecido como "Raulzito", um bêbado famoso na cidade (é o clone do Raul Seixas). E os dois se comunicavam em "bebedês", pois um parecia compreender o que o outro falava...mas não dava para identificar nenhuma frase em português (rs!).
"Marvada Pinga" - por Inezita Barroso
Os funcionários do posto de saúde chamaram a polícia e o "caldo engrossou". O policial chegou e queria levar o anônimo para o "xilindró". Eu tentava acalmar meus amigos, mas o bêbado continuava a berrar indignado pela falta de assistência médica.
Eu estava usando uma camiseta de "Calouro UFPR" e inventei uma história para o policial, falando que eu havia acabado de entrar para a Faculdade de Direito e que, se a gente fosse detido, isso iria me prejudicar e não seria legal para nenhuma das partes, pois eu iria processar a prefeitura da cidade pela negativa do atendimento e contestar, por outras vias, a ação da polícia.
O policial percebeu que eu estava sóbrio (não podia ser de outra maneira, pois meu amigo tomou toda a nossa pinga sozinho!) e fez um acordo, falando que não levaria ninguém, mas que era para eu pegar os dois e "vazar".
O anônimo acabou apagando de vez e, como era muito pesado, não aguentava carregar o "figura". Foi aí que outro amigo apareceu, o Neco (Taiguara), e ajudou eu e Mauriti a carregar o anônimo até nossa casa.
Após colocarmos o bêbado na cama, eu, Mauriti e Neco voltamos para a festa. No dia seguinte o anônimo não lembrava de nada e inventamos que ele passou a maior parte da noite com um travesti. Ele queria morrer de raiva! Depois de algumas horas, contamos a verdade.
Bem, estas são apenas algumas histórias dentro de um universo de aventuras do JC. Nos próximos meses talvez eu conte mais.
Espero que tenham gostado e fiquem com Deus!
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