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domingo, 31 de julho de 2011

Cinema: Meia noite em Paris (Midnight in Paris)










Peço desculpas pela expressão, mas Woody Allen é fóda!
Demorei, mas neste final de semana fui assistir o tão falado filme "Meia noite em Paris" (Midnight in Paris).
O filme já começa "a mil", com cenas lindas de Paris em um dia de chuva. Aliás, quem tem dúvidas se deve ou não conhecer a Cidade Luz tem a obrigação de assistir este filme para formar sua opinião, a qual já tenho certeza do resultado.
A história gira em torno de Gil (Owen Wilson), um roteirista americano que adora Paris e, durante as férias com a família de sua noiva Inez (Rachel McAdams), resolve seguir a carreira de escritor e morar na cidade. A idéia não é bem aceita pela noiva.



É aí que Allen começa a dar seu toque com o realismo fantástico. Gil começa a caminhar pelas ruas e se perde. Em um belo Peugeot 184 Landaulet, eis que surgem alguns de seus ídolos (escritores Scott Fitzgerald e Ernest Hemingway, o músico Cole Porter, o pintor Pablo Picasso, o cineasta Luis Buñuel e o divertido pintor Dalííííííí...rs) de uma época que sonhava ter vívido (anos 20) e o chamam para dentro não só do carro, mas do mundo passado, como em uma máquina do tempo.

Peugeot 184 Landaulet

Para entender melhor as "sacadas" do filme, é preciso ter um conhecimento mínimo das principais figuras dos anos 20. Como não sou "estraga prazer", de agora em diante, para saber mais, terão que assistir ao filme.
Não poderia deixar de lado a participação da bela senhora Sarkozy, Carla Bruni, e daquela pela qual a atuação me surpreendeu positivamente, fazendo com que as câmeras se apaixonassem pela sua beleza: Marion Cotillard, como Adriana, uma estudante de moda dos anos 20.

Marion Cotillard e Owen Wilson

A muitos anos não assistia um filme tão bom que me fizesse refletir e sonhar (neste caso, em voltar ao passado). Quem me dera poder conhecer Elvis Presley e outros astros do rock dos anos 50 e 60, conhecer Jesus (como no livro Operação Cavalo de Tróia) ou voltar ao Brasil do final do século XVIII...são tantas as épocas que gostaria de poder ver e sentir.
O filme me tocou de verdade. Quem me conhece sabe que sou o tipo "que nasceu na época errada" (citação sempre repetida pela minha amiga Dalva Carbonero), afinal não é todo mundo que usa chapéu, pretende adquirir um Kharmann Guia Coupe e um BelAir, tem como sonho de consumo um Cadillac conversível e escuta discos de vinil em uma radiola nos dias de hoje. O assunto é tratado como negação do presente, mas para mim tanto faz se for ou não.



Kharmann Ghia e BelAir


Deixando minha identificação com o filme de lado, a história é realmente apaixonante e você deixa a sala do cinema querendo ver novamente. Vale realmente a pena ver...e mais de uma vez.
Em meio a "enlatados" e "trash", eis que o cinema de verdade se mostra vivo.

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