Nos campinhos de Registro, onde o JC demonstrava da forma mais romântica o que é futebol arte (arte de fazer a torcida dar gargalhadas!!), aos poucos, certos jogos com alguns adversários foram se tornando verdadeiros clássicos em razão da rivalidade adquirida.
O time da Pracinha Japonesa foi nosso primeiro grande rival. O time deles era formado por amigos, o que sempre deixava o jogo com cara de um verdadeiro amistoso.
Nosso segundo grande rival foi o time do Caiçara, formado por jogadores que moravam em volta do "El Sapão". O bom relacionamento também imperava e, apesar de alguns incidentes isolados, tínhamos que nos dar bem com os donos do campo, caso contrário não teríamos onde jogar.
Outros bons times também disputaram jogos históricos com o JC: Vila Sapo, RBBC, Capinzal, Aston Villa etc. Porém nosso grande rival era o Boca Juniors da Vila São Francisco.
Aliás, foi contra eles o pênalti mais importante de história do futebol comentado em um post no mês anterior.
Em 1994 nosso time estava montadinho, mas um problema com o ano de nascimento tirou eu, Kunio, Alex, Javali, Géio e Rogério do juvenil e tivemos que nos juntar a Xuxa e Mauriti no time dos veteranos.
Com cinco titulares a menos (se bem que o Pão Doce não conta!) tivemos trabalho mas montamos uma boa equipe, tendo Mauriti como técnico, eu como preparador físico, Rogério e Alex como auxiliares e Xuxa como representante presidente e chefe da delegação das categorias de base da Sociedade Esportiva JC.
No campeonato juvenil amador, caímos justamente no grupo do Boca Juniors. O jogo foi no campo do R.B.B.C. (Registro Base Ball Club) com direito a presença da família na torcida.
A partida estava bem disputada, com ligeiro domínio do Boca. No final da primeira etapa, eles abriram o placar: 1 X 0.
Ao analisar o jogo, Mauriti percebeu que um dos jogadores adversários era o chamado "gato" (não confundir o termo com uma crise de homossexualidade de Mauriti achando o jogador bonito - "gato" no futebol é aquele cara que altera a data de nascimento para poder permanecer mais tempo nas categorias de base), que foi seu colega de colégio no passado.
Feita a descoberta e achando que iríamos perder, fizemos (Mauriti e eu) a denúncia aos mesários no intervalo do jogo. Isso iria nos dar a vitória pelo chamado W.O. (Walkover - ganharíamos os pontos e a vitória do adversário seria anulada em razão da irregularidade do jogador).
O problema é que o Boca também tinha torcida e ao contrário da nossa, formada pela minha mãe (Celinha), pela mãe de Xuxa (Dona Marina) e nossas irmãs (Rose, Alê e Tininha), a deles era formada por um bando de "manos, é nóis na fita!". Mauriti e eu nem pensamos nas consequências do ato, pois não havia segurança nenhuma no campo (que aliás fica em um local bem retirado).
A notícia se espalhou pelo time e torcida adversária, quando começaram despejar em Mauriti um xingamento que até então eu nunca tinha escutado e também nunca mais escutei: C... de Grilo!!!
Era c... de grilo para lá, era c... de grilo para cá! Uma verdadeira chuva de c... de grilo!
O pior que nem precisaria de tudo isso. No segundo tempo, voltamos bem melhor e viramos o jogo.
Inversamente a tranquila situação dentro de campo, fora dele os xingamentos e juras de morte aumentavam cada vez mais. Os quarenta e cinco minutos foram longos e rápidos ao mesmo tempo. Longo por ouvir cada vez mais c... de grilo e rápido por saber que teríamos problemas ao final da partida.
Eu estava seguro, pois afinal de contas, tínhamos quase 20 garotos do nosso lado. O que eu não contava era que toda a molecada iria deixar a gente na mão: ao final do jogo o time todo sumiu, "vazou".
O pouco de segurança que tínhamos era o juiz (um negão armário) e Arsênio (irmão de Xuxa) que praticava artes marciais.
Eu não ia fugir da raia. Como eu brigava tão bem como jogava bola sempre tinha que apelar para pedras, paus, mordidas, golpes baixos etc. Sendo assim, tratei de arrumar um caibro (estava meio podre, mas foi o que consegui naquele momento) e umas pedras no jardim. Juntei tudo e deixei ao lado do carro para distribuir aos que ficaram (heróis da resistência).
Foi então que fizeram um cerco sobre a gente, mas o alvo era um só: o c... de grilo Mauriti.
Do nosso grupo, Xuxa era o mais forte e ficou do lado de c... de grilo, digo, Mauriti. Vendo que a gente não iria "arregar" como os nossos jogadores, eles também ficaram com receio de partir direto para a "porrada". Mas um "Zé Coragem" foi pra cima de c... de grilo, digo, Mauriti e deu um chega para lá no baixinho. Instantaneamente Xuxa deu uma "bica" no "Zé Coragem" do Boca Juniors que, de coração, deu dó do moleque.
Agora pense em uma marreta, pois bem, é a perna e o pé de Xuxa. Um pezão chato e quadradão pegando de "chapa" na perninha fina do "Zé Coragem". O moleque deve estar mancando até hoje.
Xuxa: Uma "pezada" digna de Chuck Norris
Foi o que bastou para nenhum deles vir para cima. Continuaram apenas os xingamentos de c... de grilo para Mauriti.
Minha mãe e Dona Marina quase tiveram um infarto!
Esta história não acabou por aí. O ódio mortal do Boca trouxe problemas para o c... de grilo, digo, Mauriti. Ele recebeu alguns "recadinhos" até que tomou uns tapas em uma noite que eu não estava em Registro. Depois de apanhar, c... de grilo e os agressores (que lutavam capoeira) fizeram as pazes e até saíram para tomar umas cervejas. Coisas de c... de grilo, digo, Mauriti.
OOOO, PURA VERDADE!!!MAS NAO FICO AQUI MEU PROTESTO NAO APANHEI NAO!!!!! EEE NAO APANHEI!!! MUITO...KKKKKKKK
ResponderExcluirCú de grilo!!!
ResponderExcluircara aquele dia foi f...quase eu me mandei correndo coitado do cú de grilo ,os caras iam quebrar ele....rss
ResponderExcluirhahahahaha....
ResponderExcluirNo dia foi fódesgler....mas depois foi engraçado pra caramba!!
Caramba você alegrou meu dia com esse post, estou chorando de rir... meu esse xingamento eu não lembrava... mto bom.
ResponderExcluirBjãp Ale, continua postando pra fazer nossa alegria!
Alê
ResponderExcluirTá meio difícil de postar ultimamente, pois estou trabalhando bastante, em aula e fazendo academia(pra ficar fortão) e quase não me sobra tempo.....prometo escrever mais em breve.