Um espaço dedicado à meditação, reflexão, lembranças e diversão



segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Reflexão: Um Novo Horizonte



Um novo horizonte; um novo destino.
A Fênix sempre renasce de suas cinzas.
Valores que se vão, crenças que se vão, verdades viram mentiras.
O que parecia ruim já é visto com outros olhos, mudanças de paradigmas.
De nada importam os padrões e tradições, importa o que sinto, importa meu momento.
Quem sou eu para julgar, quem sou eu para ser julgado.
A vida é minha e a obrigação de ser feliz também. Faço as coisas como eu achar que devo. Faço usando o coração, faço usando a alma.
Se devo acreditar em alguém, esta pessoa sou eu.
O importante é levantar a cabeça e seguir o caminho da felicidade. Sei andar acompanhado; sei andar sozinho.
É isso que sei fazer, sempre guiado pelo meu coração.
Uma nova era; uma nova história.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Registro: Escola Dr. Fábio Barreto



Sabe aqueles lugares onde você viveu boa parte de sua vida e lembra, com detalhes, até das rachaduras? Para mim, um desses lugares é a Escola Estadual (no meu tempo tinha o complemento "De Primeiro e Segundo Grau") Dr. Fábio Barreto, na cidade de Registro/SP.
Pelo menos uma noite por mês sonho que estou nesta escola, na mesma época e com a mesma idade. Bons tempos que ajudaram na construção do que sou hoje.
Lembro do meu primeiro dia de aula, na metade dos anos 80, na sala da segunda série do primeiro grau (equivalente ao segundo ano do fundamental) da turma da professora Vera Bertelli.
Se todos os professores do ensino fundamental tivessem metade da capacidade da professora Vera Bertelli, nosso país seria outro. Ela combinava disciplina, sabedoria e doçura em medidas exatas. Também tinha o respeito e admiração de toda minha família e acabei tendo seus dois filhos mais novos como meus melhores amigos: Taiguara (Neco) e Irapuã (Duca).
Estudei de 1986 a 1994. Foram oito anos que pareciam uma vida toda. Após o meu último na ano escola, mudei para Curitiba para continuar meus estudos e conheci outra paixão acadêmica: a Universidade Federal do Paraná, onde inclusive, trabalho atualmente.
O que aprendi na escola Fábio Barreto não foram apenas as matérias de sua grade, mas aprendi a viver. Foi lá que encontrei meu primeiro amor, dei meu primeiro beijo, tive minha primeira briga, conheci meus primeiros amigos, vi o primeiro computador (com impressora matricial).
Neste último final de semana fui a Registro para participar do aniversário de 90 anos do meu avô e tive a felicidade de visitar minha antiga escola. Fui recebido gentilmente pela atual diretora Vera Lúcia (no meu tempo era a Dona Neuza - temida pelos alunos).



Confesso que me assustei com a quantidade de grades e a depreciação (por vandalismo). O que me chamou mais a atenção foi a quadra coberta, construída durante o período em que eu estava presente. Para os alunos era um sonho realizado, já que poderíamos praticar esportes nos dias de chuva e, sendo assim, tentávamos preservar este patrimônio. Mas com o passar dos anos, parece que o pensamento mudou, pois encontrei uma quadra desativada, suja e destruída.

Quadra Coberta

Algumas coisas estão iguais, como o pátio em que brincávamos de "mãe da rua" e a grade da janela que dava choque, onde fazíamos uma corrente humana, dando as mãos, em dia de chuva, ligando a grade da janela a uma poça de água no chão para levarmos choque.

Grade das Janelas - Choques nas Correntes Humanas

Não sei se hoje é assim, mas registrei a diferença social na escola: a porta da merenda (onde os pobres comiam sopas oferecidas pela escola) e a porta da cantina (onde os ricos pagavam e comiam seus salgadinhos fritos com refrigerantes).

Merenda dos Pobres

Pátio de "Mãe da Rua" e ao fundo a Cantina "Dos Ricos"

O que eu posso dizer foi que voltei no tempo no momento em que passei pelo portão de entrada do colégio. Milhões de situações da época (não só da escola, mas filmes, televisão, música, aromas, gosto, vestuário, meu Atari...) ficaram evidentes em minha mente, como um turbilhão em uma velocidade indescritível. Um misto de tristeza, melancolia, saudade e alegria.
Fiquem com Deus!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Futebol: Da Seleção Brasileira Ao Tricolor Paulista

Seleção de 1982
Desde criança, sempre gostei de futebol.
Até o ano de 1986 (com oito anos de idade) eu era um "pseudo" corintiano, influenciado pelo meu pai. Na verdade, eu até então não sabia para qual time iria dar meu coração.

Passado Negro

A opção pelo Corinthians era pela admiração a um certo camisa 8, um gênio: Sócrates. Mas minha paixão verdadeira era pela Seleção Brasileira de Futebol, da qual fazia parte não apenas o Sócrates, mas também Zico (um dos maiores jogadores da história do futebol), Júnior, Toninho Cerezo, Eder Aleixo, Serginho, Falcão, Leandro, Renato, Oscar, Careca, Muller, Casagrande....Foram duas Copas do Mundo (82 e 86) de plena paixão pela camisa amarela e de uma dor inexplicável pelas derrotas.

Seleção de 1982 : Homenagem

A derrota de 1982 para a Itália foi a mais chocante, traumatizante. Ainda hoje, quando revejo o tape desta partida, espero um resultado diferente. Ainda não consigo entender o que houve no estádio de Sarriá (Espanha). Acho que nem eu, nem o mundo...
Em 1986 deixei de torcer com o coração pela Seleção. Não por raiva, desilusão ou qualquer tipo bloqueio programado, mas por pura falta de atração. Minha paixão se foi com a geração dos anos 80. Acabou na triste decisão por pênaltis contra a equipe da França (Copa do México). Chorei muito...Posso dizer que odeio mais o Platini do que o Zidani.
Até este ano eu já havia tentado gostar do Corinthians (pelo meu pai), Santos e Palmeiras (por influência de alguns amigos), mas foi em uma final de campeonato brasileiro que surgiu minha grande paixão: São Paulo Futebol Clube.
Um jogo que terminou empatado em 3X3 contra o Guarani de Campinas e foi decidido nos pênaltis. O Tricolor, do técnico Pepe, foi campeão. Dois dos meus ídolos na seleção estavam neste time: Careca e Muller.

São Paulo Campeão Brasileiro de 1986
Enganam-se aqueles que conhecem minha vida e acham que sou são-paulino doente em razão da parte materna da família ser de maioria tricolor (de forma esmagadora!). Sou tricolor por Careca e Muller, sou tricolor pela linda partida da final de 86, sou tricolor porque gosto de ser campeão.

São Paulo Campeão Brasileiro de 1986

Depois de Careca e Muller vieram Raí e Rogério Ceni, mas ninguém maior que o saudoso mestre Telê Santana. Aquele mesmo técnico das seleções de 82 e 86, me deu as maiores alegrias no futebol: os mundiais interclubes de 1992 e 1993.
A imagem mais marcante do futebol, para mim, foi o sorriso aberto de Telê no banco de reservas no segundo gol do São Paulo, marcado por Raí, de falta, em 1992.

São Paulo 2 X 1 Barcelona - Detalhe para o sorriso do Mestre Telê


Fantástico: São paulo Campeão do Mundo de 1992


Este jogo eu assisti com meu avô e eu tremia e suava descontroladamente.
Em 1993, contra o Milan, foi um jogo emocionante, com direito a gol "sem querer" de Muller.

1993: São Paulo X Milan - Gol "sem querer"!



Em 2005 veio o terceiro mundial enfrentando o Liverpool. A vitória veio com um gol do volante Mineiro, mas a imagem que ficou foi a defesa de Rogério Ceni na cobrança de falta de Steven Gerrard, uma das mais espetaculares que já vi. Impagável foi a cara de "bunda" de Gerrard ao final da partida.


São Paulo X Liverpol: Defesa Fantástica de Rogério Ceni

Espero que tenham gostado.
Fiquem com Deus.

domingo, 18 de setembro de 2011

Música: Sérgio Reis - A Voz Mais Bonita da Música Sertaneja


Gosto muito de música sertaneja, principalmente das modas de viola de duplas como "Tião Carreiro e Pardinho" e "Tonico e Tinoco". Também me agrada as inclusões de novos instrumentos e a modernização do estilo até os trabalhos apresentados por "Chitãozinho e Xororó" e "João Mineiro e Marciano" (final dos anos 80). Para mim, a música sertaneja não apresentou mais nada deste ponto em diante, desde quando começaram a surgir nas paradas de sucesso duplas como Leandro e Leonardo, João Paulo e Daniel (este último com alguns lampejos de qualidade em certos trabalhos) e Zezé Di Camargo e Luciano (horríveis - Pato Donald gritando ao microfone!!!) chegando ao deplorável e vergonhoso "Sertanejo Universitário".
Sérgio Reis é com toda certeza a voz mais bonita da música sertaneja e uma das vozes mais bonitas da música brasileira.
Nascido em 23 de junho de 1940, em São Paulo, Sérgio Bavini (Sérgio Reis) iniciou sua carreira na Jovem Guarda.

Coração de Papel: Sucesso da Jovem Guarda

Além de um cantor e compositor excepcional, é também muito bom ator, participando de várias novelas da TV brasileira e filmes.



Menino da Porteira

Meu primeiro contato com música foi uma fita cassete do Sérgio Reis que ganhei do meu pai, quando ainda morava na cidade de Iguape (por volta de 1981/82).
Ela continha a música "Menino da Porteira", talvez um dos maiores sucessos do cantor. A beleza desta letra e melodia, na voz de Sérgio Reis, me fez viajar na imaginação e trouxe uma emoção indescritível. Ouvia várias vezes na esperança de que a história do menino que morreu mudasse. Coisa de criança, afinal, eu tinha apenas 4 ou 5 anos.







Minha canção preferida é  "Você Vai Gostar (Lá No Pé da Serra/Casinha Branca)". Outras que eu gosto muito são "Boiadeiro Errante", "Mágoa de Boiadeiro" e "Filho adotivo". Esta última com uma letra espetacular.



Filho Adotivo


Espero que tenham gostado. Fiquem com Deus!

Fonte: http://sergioreis.uol.com.br/site/bio.asp

Coletânea:
 

 

OBS: Pirataria é crime. Estes links foram colocados com a intenção de divulgação e conhecimento do trabalho do artísta. Este blog não tem qualquer vínculo ou responsabilidade pelo conteúdo destas páginas. É proibida qualquer reprodução, venda e distribuição de produtos sem a devida autorização dos detentores dos direitos autorais. Adquira os CDs e DVDs originais.




quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Reflexão: A Língua É Uma Espada





A sabedoria da Bíblia Sagrada já traz no conteúdo dos Provérbios:

"(12:17)  O que diz a verdade manifesta a justiça, mas a falsa testemunha diz engano."
"(12:18)  Há alguns que falam como que espada penetrante, mas a língua dos sábios é saúde."
"(12:19) O lábio da verdade permanece para sempre, mas a língua da falsidade, dura por um só momento."

Nos livros de Tiago:

"(1:19) Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar."
"(3:8)  Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal."

As pessoas adoram fofocas, intrigas e segredos. Qual o motivo real para isso? Defesa? Ataque? Poder? Ou falta dele?


São inúmeros os ensinamentos bíblicos sobre a "língua" humana. Vivemos a base de controles, mas nem sempre isso é possível.
Se para uma pessoa que não tem a intenção de usá-la como espada a língua já é perigosa, imaginem o poder destrutivo que têm as pessoas com maldade em seus corações.


A língua realmente é o bote da cobra mais peçonhenta que se possa imaginar.
Não vou mentir, adoro uma fofoca e a sensação de controle quando sei de tudo que está acontecendo a minha volta, mas tenho que me policiar e acho que todos têm a tendência de utilizá-la de forma maléfica e destrutiva.Talvez alguns mais, outros menos.
Adoro ouvir sim, mas sofro para não falar. É muito difícil controlar.
Esta é uma espada de lâmina afiada e que nunca erra seu golpe: é direto no coração.
Lembram da cena do filme do Indiana Jones (Os Caçadores da Arca Perdida), onde ele está cercado por cobras? É exatamente assim que me sinto quando estou próximo de algumas pessoas.



A língua também engana, ou seja, é uma arma com diversas funções.
Em alguns casos ela é tão comprida que a pessoa acaba se enforcando na própria língua.



Todas as vezes em que falei demais, me arrependi e todas as vezes que falaram de mim, eu sofri. Deus deveria tirar a língua dos seres humanos, pois é uma arma que não sabemos usar. A beleza das palavras não compensa o mal que elas podem trazer. A ignorância humana trata de manter esta espada sempre afiada.
E quando é que a ignorância aflora? É quando perdemos o nosso controle e deixamos sentimentos ruins tomarem nossa alma e nosso coração; é quando esquecemos a única coisa que jamais poderíamos: o ensinamento do Mestre, o AMOR.
Quando esquecemos a nossa obrigação de amar ao próximo, nos tornamos peões de xadrez conduzidos pela maldade na eterna luta entre o BEM e o MAL. Nossos corações ficam repletos de ira, ódio, vingança, agressividade e maldade pura e a língua se torna uma espada ainda mais perigosa.
Tenho medo de ferir alguém com minha língua, pois eu sei a dor de uma ferida assim.
Peço a Deus para orientar e cuidar da minha língua e a de todos vocês, meus irmãos.
Quando pensarem em ferir alguém, lembrem do amor e tentem controlar o golpe a ser desferido. Não percam o controle.
Fiquem com Deus.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Cinema: Bud Spencer e Terence Hill


Voltando a falar dos meus heróis da televisão, estes merecem uma postagem separada: Bud Spencer e Terence Hill.
Passei minha infância assistindo seus filmes. Simplesmente demais!
Spencer fazia o rabugento mal-humorado com uma força fora de série e Hill fazia o bonitão esperto e bom de briga. Foram através das aventuras destes dois amigos que eu dei boa parte das risadas da minha história.


Bud Spencer: campeão de natação

Bud Spencer é o nome artístico do napolitano Carlo Vicente Pedersoli. Morou no Brasil durante alguns anos (na cidade de Recife) e chegou a disputar olimpíadas pela Itália (natação). É formado em Direito, compositor, músico, piloto de avião e poliglota.
Terence Hill é o nome artístico do veneziano Mario Giuseppe Girotti. No início também era atleta, mas começou a carreira de ator muito cedo.

Terence Hill: Trinity

Trinity


Os filmes da série Trinity foram os de maiores sucesso. Estavam dentro do estilo Spaghetti Western. Fora deste estilo, foram inúmeros outros filmes. Meu preferido é "A Dupla Explosiva" de 1974 (para saber mais http://www.infantv.com.br/dupla.htm).



Cena clássica do filme "A Dupla Explosiva"


Chegaram a gravar um filme no Brasil: Double Trouble (Eu, Você, Ele e os Outros - título em português).

Double Trouble






Double Trouble: gravado no Rio de Janeiro



Spencer e Hill no programa Os Trapalhões



Alguns trabalhos separados também tiveram sucesso. Exemplos são "Banana Joe" e "Cão e Gato", de Bud Spencer e "Lucky Luke" e "Super Snooper", de Terence Hill.

Super Snooper e Banana Joe


Super Snooper (música muito legal!)

Banana Joe



São adorados no mundo todo. Em pesquisas pela internet, me pareceu ter um público muito fiel na Alemanha.
Eu gosto tanto destes caras que poderia escrever muito mais, porém deixaria a proposta do blog e começaria uma biografia dos atores. Confesso que chego a me emocionar só de escrever sobre a dupla e relembrar seus filmes, pois o link com minha infância é muito forte e começo a refletir sobre o tempo (e como passa...), sobre a vida.
Para aqueles que têm menos de vinte anos de idade e não conhecem o trabalho da dupla, deixo a sugestão destas histórias de humor leve e inocente mas, com certeza, apresentando diversão certa para qualquer idade. Para os trintões, quarentões e cinquentões, que tal assistirem novamente as aventuras desta dupla e relembrar o passado?
Um abraço a todos e fiquem com Deus!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Música: Hits Brazil - Para Inglês Ver e o Mundo Ouvir

Ligth Reflections: Capa ótima!

Nos anos 70, uma curiosa linha de trabalhos musicais despontava nas paradas de sucesso.
Artistas como Mark Davis, Morris Albert, Dave Maclean, Chrystian, Tony Stevens e grupos como Pholhas e Ligth Reflections, tinham suas canções de amor, cantadas em inglês, tocadas aos quatro cantos do país.

Morris Albert

Para quem não sabe, apesar do nome artístico, todos são brasileiros. Cantores e músicos de muita qualidade, alguns continuaram sua carreira com outros nomes, como por exemplo, Mark Davis (Fábio Júnior), Chrystian (da dupla sertaneja com seu irmão Ralf, que na época cantava como Don Elliot) e Tony Stevens (o saudoso Jessé).
Muitas destas músicas fizeram sucesso internacional. Como exemplo podemos citar "Tell me once again" (Light Reflections), mas nada comparado ao obtido por "Feelings" (Morris Albert).
"Feelings" é uma canção polêmica, pois teve um problema jurídico envolvendo uma acusação de plágio.

Pholhas

Eu sou fã dos Pholhas! Estes caras tocam muito! "She made me cry" e "My mistake" são canções espetaculares!
Para aqueles que não conhecem este período da música brasileira, vou deixar alguns vídeos para que possam apreciar. Outras sugestões são as coletâneas "Pérolas - Hits Brazil" da Som Livre, "Pholhas - 70`s Greatest Hits" e as várias coletâneas de Morris Albert.


Morris Albert


Pholhas


Dave Maclean


Ligth Reflections


Mark Davis


Chrystian

Don Elliot


Tony Stevens

domingo, 4 de setembro de 2011

JC: "Marvada Pinga!!!"

Este final de semana me veio na lembrança algumas histórias de bebedeiras. Vou contar alguns acontecimentos, todos com o mesmo personagem: o figura "sem noção" Mauriti "Mercúrio" (como principal em duas histórias).
 
 
De bêbado não tem dono I
 
Na minha despedida de Registro (1994), resolvemos sair e tomar todas (no RBBC - clube onde aconteciam os bailes da cidade). Lembro que tomei tanta cerveja, que já não conseguia consumir mais por falta de espaço físico! Não só eu, mas Xuxa e Rogério já não conseguiam  tomar também e, por este motivo, a cerveja acabava esquentando e tínhamos que jogar fora (estávamos jogando no vaso sanitário).
Alex e Mauriti estavam com tudo, não dava para acompanhar. Quem bebe sabe que nestas horas, sentou se ferrou: se parar e sentar para descansar a bebida sobe e derruba de vez.
Pois bem, Mauriti sentou e simplesmente desmaiou. Bom, deixamos ele dormindo na cadeira e continuamos curtindo o baile.
Alguns minutos depois, Mauriti apareceu entre o pessoal (bem torto e louco por sinal). Ele chegou do meu lado e falou que não estava se sentindo bem. Quando captei o que aconteceria, já era tarde: não deu nem tempo de me esquivar: vi jorrar o maior jato de vômito da minha vida! Bem no meio do salão lotado! Direto em um grupo de meninas que estávamos paquerando! Abriu um vácuo no meio do salão, que até aquele momento mal dava para se movimentar de tão cheio! Uma cena bizarra: eu e as meninas cheios de vômito do "sem noção" (só pedaços de cebola, pimentão e carne...que nojo!).
Mas amigo é amigo e eu e os outros meninos levamos o "cozido" para casa carregado.
A força do jato foi tão forte e contínua que apelidamos de "trovão aurora" - golpe do cavaleiro do zodíaco Hyoga.

Trovão Aurora - Golpe do Cavaleiro Hyoga de Cisne



De bêbado não tem dono II

Outra história foi durante a Copa do Mundo de Futebol de 1994 (O Brasil foi campeão). Nas semifinais resolvemos ir assistir ao jogo no mesmo salão de baile da história anterior (RBBC), onde foi transmitido através de um telão.
O Brasil enfrentou a Suécia. A seleção sueca tinha as cores e uniformes parecidos com os da Sociedade Esportiva JC, então resolvemos torcer contra a nossa nação.
Pintamos a cara de azul e amarelo (cores suecas) e vestimos os uniformes do JC. Entramos no salão "tocando o horror" e tomando todas. Novamente a história do "tomou, sentou, se ferrou", ou seja, sentamos para assistir o jogo bêbados.
O goleiro da seleção sueca era Thomas Ravelli. No meio do jogo, Mauriti não parava de repetir: "Pão, sabia que o Ravelli é o dono da Ravelli!" e se matava de dar risada. Ele falava que o goleiro era dono de uma industria brasileira chamada Ravelli Moda Masculina, que na época produzia tênis para o público jovem (coisa de bêbado!).

Thomas Ravelli - Goleiro sueco

Naquele momento já senti que ele estava mal, então falei para ir ao banheiro e lavar o rosto. Para chegar ao banheiro, tinha que passar em frente ao palco do salão (ou seja, na frente do público). Mauriti escorregou e levou um tombo (levantou os dois pés) digno de fazer inveja para qualquer dublê de filmes de ação! E com platéia!
O Brasil venceu por 1X0, gol do gênio Romário, e apesar da nossa torcida inicial para a Suécia, fomos festejar a classificação do Brasil para a final da Copa.
Logo após as partidas (com vitórias, é claro!), aconteciam as carreatas pela cidade. Eu e toda a molecada subimos na carroceria de um caminhão com nossas cornetas (agora chamada vuvuzela!) e apitos aos gritos de "éu, éu, éu...sai que é sua Taffarel!" e "Brasil, Brasil!!!!".


Copa do Mundo 1994: Brasil 1 X 0 Suécia - Melhores Momentos


No meio da carreata, vejo Mauriti sentado no canto da carroceria (não conseguia ficar de pé!!!) e uma poça de água em volta. Na verdade não era água, pois quando fui falar com ele ouvi a seguinte frase: "Pão, me mijei!!!". Vão me perdoar pelo texto, mas eu tenho que registrar: háháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháhá! E peço desculpas novamente pela segunda frase, mas vou ter que escrever: "Pão, acho que vou cagar!!!"... háháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháháhá!
Ainda bem que ele não cumpriu o que falou na segunda frase.
O caminhão deu uma parada, os meninos pularam e ajudaram Mauriti a sair de lá. O problema foi que o caminhão voltar a andar e eu continuei na carroceria. Tive que pular com ele em movimento e tomei o maior "capote" quando toquei o chão, chegando a rasgar a calça jeans que estava usando.


De bêbado não tem dono III

Outra história que lembrei aconteceu na Ilha Comprida/SP (município ao lado de Iguape/SP).
Era carnaval e Mauriti levou aventais, tocas e máscaras cirúrgicas para usarmos como fantasia. Tivemos a idéia de utilizar um galão de água mineral para preparar o "remédio dos médicos", misturando suco de maracujá concentrado e aguardente.
Vou manter no anonimato o "astro principal" desta história, pois perdi o contato com ele e não sei se representaria algum problema esta divulgação.
Saímos na pequena avenida "apavorando" com nosso galão de "remédio", balão de camisinhas e uma corneta (vuvuzela).
Esta pessoa que estava com a gente não tinha o costume de beber e cometemos o erro de deixar o "remédio" nas mãos dele. Resultado: nem cinquenta metros depois de sair de casa, ele já havia tomado a metade. Bebia como se fosse suco de maracujá! Alguém acha que aquilo iria terminar bem?

1999: Anônimo, Rogério, Alexandre "Pão Doce" e Mauriti "Mercúrio"

A avenida da Ilha Comprida (contando a parte principal) deve ter entre trezentos e quinhentos metros. Posso dizer que aconteceu quase de tudo neste pequeno trajeto.
Começamos sendo agarrados por várias mulheres querendo "tratamento do coração" (inclusive com exame de batimentos cardíacos....hehehe!). Como chamamos a atenção do povo (a maioria mulheres), uns babacas tentaram nos agredir (por pura inveja!), mas revidamos e eles saíram de cena.
E o nosso amigo "matando a sede"! Vi que tinha perdido a noção quando tentou enfiar a corneta em um negão de dois metros de altura (ali mesmo onde você pensou!) e nesta tentativa quebrou o brinquedo! Ainda bem que o cara levou na esportiva.
Chegando no final da avenida, o anônimo só conseguiu falar uma frase: "Vocês são meus amigos, não me deixem sozinho!" e caiu como uma árvore centenária sendo derrubada, de cara no chão! Ficamos assustados com a queda e com o desmaio.
Eu e Mauriti conseguimos reanimá-lo depois de alguns minutos e o convencemos a se lavar na água do mar. Entre a areia e o mar existem umas estruturas de madeira e o anônimo voltou a cair, só que agora de costas e bateu a nuca na madeira violentamente.
Mas vaso ruim não quebra. O anônimo tinha um biotipo forte, pesado e musculoso. Mauriti foi com ele (para segurar) até a água do mar, na altura da canela. Eu fiquei de longe observando, quando senti que algo errado estava acontecendo: o franzino Mauriti não estava conseguindo segurar o pesado anônimo e os dois estavam se afogando na marola. Fui correndo ajudar e saímos da água.
Como a coisa estava feia, resolvemos levá-lo ao posto de saúde (que ficava no final da mesma avenida). O anônimo só repetia: "Isssssssstou bem! Eu xeeeeeeiii que carro é aquele...é um fuuuuuuuucão!" - voz quase incompreensiva de tão bêbado e tentando provar sua lucidez ao identificar um Fusca.
Chegando ao posto de saúde, tivemos o atendimento negado. Imagina a simpatia com que fomos recebido: noite de carnaval, verão, madrugada, todo mundo em festa.....e os funcionários trabalhando atendendo bêbado.
O anônimo enlouqueceu e começou a dar escândalo: "Eu vou proxeeeeeeeexarrrrrrrr voxêiiiiiis!!!". Mauriti ficou na "pilha" logo após fazer uma brincadeira com o atendente que não entrou na dele e se ofendeu.
Eu senti que não iria acabar bem e tentei manter a calma. Mauriti continuou a brigar (e chorar - sempre chora quando fica nervoso!) e o anônimo gritando palavras de ordem contra a administração pública e seus governantes, totalmente indignado com a recusa do socorro!!!
Ao tentar acalmar Mauriti, escutei mais uma voz gritando com o anônimo: era outro bêbado, conhecido como "Raulzito", um bêbado famoso na cidade (é o clone do Raul Seixas). E os dois se comunicavam em "bebedês", pois um parecia compreender o que o outro falava...mas não dava para identificar nenhuma frase em português (rs!).


"Marvada Pinga" - por Inezita Barroso


Os funcionários do posto de saúde chamaram a polícia e o "caldo engrossou". O policial chegou e queria levar o anônimo para o "xilindró". Eu tentava acalmar meus amigos, mas o bêbado continuava a berrar indignado pela falta de assistência médica.
Eu estava usando uma camiseta de "Calouro UFPR" e inventei uma história para o policial, falando que eu havia acabado de entrar para a Faculdade de Direito e que, se a gente fosse detido, isso iria me prejudicar e não seria legal para nenhuma das partes, pois eu iria processar a prefeitura da cidade pela negativa do atendimento e contestar, por outras vias, a ação da polícia.
O policial percebeu que eu estava sóbrio (não podia ser de outra maneira, pois meu amigo tomou toda a nossa pinga sozinho!) e fez um acordo, falando que não levaria ninguém, mas que era para eu pegar os dois e "vazar".
O anônimo acabou apagando de vez e, como era muito pesado, não aguentava carregar o "figura". Foi aí que outro amigo apareceu, o Neco (Taiguara), e ajudou eu e Mauriti a carregar o anônimo até nossa casa.
Após colocarmos o bêbado na cama, eu, Mauriti e Neco voltamos para a festa. No dia seguinte o anônimo não lembrava de nada e inventamos que ele passou a maior parte da noite com um travesti. Ele queria morrer de raiva! Depois de algumas horas, contamos a verdade.
Bem, estas são apenas algumas histórias dentro de um universo de aventuras do JC. Nos próximos meses talvez eu conte mais.
Espero que tenham gostado e fiquem com Deus!


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