Iguape: IX Revelando São Paulo

Na última semana estive na cidade de Iguape-SP, onde aconteceu o IX Revelando São Paulo.

O Revelando é um dos grandes eventos do estado de São Paulo e reúne os principais registros da cultura paulista. O evento proporciona aos visitantes uma inesquecível vivência com a diversidade da cultura popular tradicional, mostrando o colorido, a beleza, aromas e sabores das culturas tropeira, caiçara e caipira.

Foram apresentadas  várias atrações como artesanato, culinária e festas, como as Folias de Reis, Festas do Divino, Fandango, Encontro de Bandas e Fanfarras, etc.

Mesmo com a chuva, o público esteve presente todos os dias acompanhando a programação de palco e saboreando a culinária de 45 municípios.

Um dos destaques desta edição foi a Casa da Cerâmica que, pela primeira vez, reuniu os ceramistas do Vale do Ribeira, como Dona Benedita, do bairro do Jaire, de Iguape, que fizeram suas famosas panelas pretas. Os espaços indígena e quilombola reuniram 18 comunidades com artesanatos e danças características.

Durante o fim de semana os bonecões do Zé Pereira e Dona Juritica, o Boi Tatá, e os fandango da Vale do Ribeira, animaram o festival. Destaque também para a quadrilha de Iguape que pela primeira vez se apresentou no evento e reuniu cerca de 30 casais, mostrando um bailado alegre e com muito colorido.

Na sexta-feira (dia 8), aconteceu o 9º Encontro de Violeiros, seguido pela 9º Noite de São João, com a apresentação do tradicional “Fandango Sandália de Prata” e neste ano, pela primeira vez, a Quadrilha Joanina de Iguape.

No sábado (dia 9), a romaria fluvial “Dádivas das Águas”, celebrou os bens naturais, culturais e espirituais da região e do Lagamar, passando pelo Porto de Vila Nova, Bairro do Icapara e do Rocio. As ruas da cidade foram tomadas pelo tradicional Festival de Bonecos Gigantes e os blocos de carnaval de rua, cortejo composto por Bonecos de Rua do Vale, Boi Tatá – Iguape, Galo, Juritica, Zé Pereira, Zé Pereirinha e grupos de maracatus.

No domingo (10), aconteceu o 9º Encontro do Divino, com o Grande Cortejo Sacro com a participação de Congos e Moçambiques. O encontro aconteceu na Igreja Nossa Senhora do Rosário passando pela Basílica do Senhor Bom Jesus e seguindo para o Centro de Eventos. No final da tarde aconteceu a despedida da Imagem Peregrina de Nossa Senhora Aparecida, que segue para o Santuário Nacional.

Valeu a pena conferir os bordados, cestos de palha, bonecas de pano, panelas de barro, o cafezinho caipira, a broa de milho feita no fogão a lenha, tainha assada, a moqueca de manjuba, feijão tropeiro e o bolo de roda, entre outras iguarias gastronômicas e artefatos artesanais, distribuídos em espaços de artesanato tradicional e espaços de culinária regional.


Espero que tenham gostado.


Fiquem com Deus.


Fonte: http://revelandosp.wordpress.com/

Música: Cauby Peixoto - A Mais Linda Voz do Brasil

Cauby Peixoto

Como todos sabem, sou fã de carteirinha do rei Roberto Carlos (ver link aqui). Porém, reconheço não ser dele a mais bela voz da música brasileira.

Tecnicamente, Cauby Peixoto é incomparável. Sua voz é perfeita e chego a heresia de dar uma polêmica opinião: as músicas de Frank Sinatra (um dos maiores cantores do mundo; um monstro da música!) ficam melhores quando interpretadas pela voz de Cauby.

Nascido em Niterói (10/02/1931), a figura do artista retrata um estereotipo do cantor de cabaré. Cheio de glamour, brilho, maquiagem e peruca, Cauby apresenta um visual brega e bizarro para muitos, porém, para os que entendem a alma e a história de um verdadeiro cantor como ele, em um universo de cabarés, boates e boemia, percebe o quanto é essencial, completo e bonito todo este conjunto.

Durante um período nos Estados Unidos, Cauby Peixoto assumiu o nome artístico de Ron Coby (muitos brasileiros já fizeram o mesmo - ver Hits Brazil) e foi considerado o Elvis Presley brasileiro. Com toda certeza, se Cauby fosse americano estaria no mesmo patamar de Frank Sinatra.

Maravilhas como "Conceição" e "Bastidores" se tornaram únicas na interpretação deste gênio. Navegando pela internet, encontrei este show, de 1981, onde Cauby canta com o rei Roberto. São momentos como este que me fazem sentir orgulho da música brasileira.

A música "Bastidores" para mim é a harmonia perfeita de letra, música, voz e artista. Esta música é a cara, é a alma de Cauby.

O que me deixa triste é a falta de reconhecimento das gerações mais jovens para com os artistas do patamar de Cauby Peixoto. Para os mais novos, apenas peço que ouçam, sem qualquer preconceito e depois reflitam sobre esta voz marcante.

Fica a dica e espero que tenham gostado.

Fiquem com Deus.