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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Carambeí: Um Pedaço da Holanda no Brasil



Durante o feriado de Carnaval, estive na cidade de Carambeí*, que está localizada aproximadamente a 130 km de Curitiba.

Tornou-se um município em 1997, mas sua história ganha corpo em 1911, com a chegada dos primeiros colonos holandeses. A simpática cidade apresenta todas as características de sua origem. Ela é um pedaço da Holanda no interior do Paraná.

Sua composição é basicamente de fazendas e casas com estilo europeu, sem edifícios. A produção de leite e seus derivados e plantações de soja, milho e trigo são as principais atividades econômicas da cidade.

Portal do parque Histórico


Para quem visita a cidade, sugiro conhecer o Parque Histórico de Carambeí e a bacia do Rio São João, a qual infelizmente não deu tempo de conhecer. Após os passeios, nada melhor do que comer uma deliciosa torta na Frederica's Koffie Huis (impossível comer uma só!).

Casa da Memória no Parque Histórico
Frederica´s Koffie Huis


Outras sugestões são o Festival de Tortas, que deverá ter a 3ª edição realizada no mês de outubro, e a Festa dos Imigrantes, que ocorre em abril.

Eu, particularmente, fiquei encantado com a simpatia da população. O excelente estado de conservação do Parque Histórico também me chamou a atenção.

Vila Histórica no Parque
Igreja da Vila Histórica


Quase fiquei louco ao ver na Casa da Memória (no Parque Histórico), belos equipamentos eletrônicos do século passado (adoro eletrônicos antigos, principalmente minha radiola).



Fica a dica para quem tiver a oportunidade de conhecer esta simpática cidade.

Fiquem com Deus.


* "Seu nome tem origem na língua indígena dos Tupis Guaranis, significando “rio das tartarugas”, mas suas características mais marcantes se devem à sua colonização. Carambeí em 1713, era uma fazenda que começava no rio Iapó e se estendia até o rio Pitangui. Com uma casa sede, entre Ponta Grossa e Castro. Por má administração de seu proprietário, José Goes, a fazenda acabou indo a leilão, e dessa época a meados de 1854, ela foi arrendada por diversas vezes, até que foi permutada por outra fazenda, pelos descendentes de Francisca Teixeira de Azevedo, a Sinhara do Carambeí.
A estação, em foto sem data. Reproduzida do livro "Carambeí 75 anos, 1911-1986", de Hendrik Adrianus Kooy - Linha Itararé-Uruguai - km 218,800 (1936).
Foi a Brazil Railway Company que adquiriu a fazenda. Essa companhia fez planos de colonização para a área, pretendendo conseguir carga para os seus comboios, afinal, acabara de construir uma linha férrea, que cortava a fazenda.
Basicamente, era entregue ao colono um lote de terra, uma casa, uma canga de bois e três vacas leiteras, as quais poderiam ser em número maior, de acordo com a capacidade na sustentação do gado. A companhia fornecia também sementes e adubos para a primeira semeação. A própria comprava toda a produção.
Em 1905 alistadores do governo brasileiro percorriam a Europa á procura de imigrantes. Os primeiros holandeses foram enviados para uma povoação perto de Irati. A maioria acabou retornando para a Holanda. Os que ficaram procuraram outro lugar para se instalar. Leonardo Verschoor, seu irmão e Jan Vriesman mudaran-se para o loteamento aberto pela Brazil Railway Company entre Castro e Ponta Grossa , no local Chamado Carambeí, nome que vem do Guarani, que quer dizer tartaruga no rio. Assinaram contrato em 04 de abril de 1911, data que marca o início do Vilarejo Carambehy.
Em seguida Jan Verschoorvai para Holanda trazer novos imigrantes, que chegaram a Carambeí em 11 de dezembro de 1911. A partir de 1916, a firma De Geus & Cia fabricava seu próprio queijo. Coube a esses pioneiros uma das primeiras iniciativas de criar uma cooperativa de produção do Brasil em 1925, com sete sócios, produzindo manteiga e queijo formava-se a Sociedade Cooperativa Hollandesa de Laticínios. Em 1941 a cooperativa mudou sua razão social para Cooperativa mista Batavo Ltda. E em 1 de março de 1954 surgiu a Cooperativa de Laticínios do Paraná Ltda."
(Fonte: http://www.carambei.pr.gov.br)

Sites para consultas:
Prefeitura:                           http://www.carambei.pr.gov.br
Parque Histórico:                http://aphc.com.br

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

UFPR, Um Caso de Amor em Minha Vida

Fachada da UFPR - Prédio Histórico

No final de 1994, saí da cidade de Registro e fui morar na linda cidade de Curitiba com o objetivo de continuar meus estudos.
Quando deixei minha cidade natal eu já sabia que esta poderia ser a oportunidade única para meu desenvolvimento, tanto intelectual como financeiro.
Sempre fui um bom aluno, mas quando aqui cheguei percebi que teria muita dificuldade com relação ao nivelamento escolar. Os alunos da capital já demonstravam um preparo muito melhor para o desafio do vestibular.
Humildemente fui trilhando o caminhando para diminuir o prejuízo, enfrentando diversos problemas fora da sala de aula, como a saudade da família e amigos, dificuldades financeiras e algumas “coisinhas” que não valem a pena comentarmos.
Confesso que em vários momentos eu pensei em desistir de tudo, mas graças ao Pai, isso não aconteceu.
Cheguei a ser aprovado em uma universidade particular muito conceituada, mas infelizmente (ou felizmente pelo que iria acontecer no futuro) não houve condições para eu cursar (leia-se financeiramente falando).
Foi aí que vi que não haveria escolha e eu teria que encarar o desafio de conseguir a aprovação no vestibular de uma das melhores universidades do país: a Universidade Federal do Paraná.



Muitas vezes eu passava pela Praça Santos Andrade e ficava olhando o lindo prédio histórico, imaginando como seria prazeroso a vitória de fazer parte desta instituição tão respeitada.
Este foi o começo desta linda história entre eu e a UFPR.
Em 1998 fui aprovado no vestibular para Administração e no mesmo ano que iniciei o curso, comecei minha a vida profissional (sendo contratado pelo Banco Bradesco). Após me formar, fiz minha especialização em Logística.
Fiquei alguns anos longe da Instituição, mas sempre querendo voltar. Resolvi então fazer o vestibular para o curso de História e, para minha surpresa, fui aprovado.
Porém, o melhor estava por vir: prestei concurso público para servidor técnico-administrativo e, inexplicavelmente em razão de não estar devidamente preparado (não estudei absolutamente nada!!), fui aprovado.
Foi uma grande alegria em minha vida poder trabalhar nesta Casa que eu tanto amo.
Como se não bastasse esta alegria, fui direcionado para trabalhar na Agência de Inovação UFPR, um setor que se destina a proteger o conhecimento gerado pela Universidade e levá-lo para a sociedade. Uma atividade nobre que exerço com toda a paixão.



A Universidade Federal do Paraná é um caso de amor, que foi de platônico a um ato concreto. Ela se tornou parte de mim, parte da minha vida.
Fiquem com Deus!