Um espaço dedicado à meditação, reflexão, lembranças e diversão



segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Reflexão: Um Novo Horizonte



Um novo horizonte; um novo destino.
A Fênix sempre renasce de suas cinzas.
Valores que se vão, crenças que se vão, verdades viram mentiras.
O que parecia ruim já é visto com outros olhos, mudanças de paradigmas.
De nada importam os padrões e tradições, importa o que sinto, importa meu momento.
Quem sou eu para julgar, quem sou eu para ser julgado.
A vida é minha e a obrigação de ser feliz também. Faço as coisas como eu achar que devo. Faço usando o coração, faço usando a alma.
Se devo acreditar em alguém, esta pessoa sou eu.
O importante é levantar a cabeça e seguir o caminho da felicidade. Sei andar acompanhado; sei andar sozinho.
É isso que sei fazer, sempre guiado pelo meu coração.
Uma nova era; uma nova história.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Registro: Escola Dr. Fábio Barreto



Sabe aqueles lugares onde você viveu boa parte de sua vida e lembra, com detalhes, até das rachaduras? Para mim, um desses lugares é a Escola Estadual (no meu tempo tinha o complemento "De Primeiro e Segundo Grau") Dr. Fábio Barreto, na cidade de Registro/SP.
Pelo menos uma noite por mês sonho que estou nesta escola, na mesma época e com a mesma idade. Bons tempos que ajudaram na construção do que sou hoje.
Lembro do meu primeiro dia de aula, na metade dos anos 80, na sala da segunda série do primeiro grau (equivalente ao segundo ano do fundamental) da turma da professora Vera Bertelli.
Se todos os professores do ensino fundamental tivessem metade da capacidade da professora Vera Bertelli, nosso país seria outro. Ela combinava disciplina, sabedoria e doçura em medidas exatas. Também tinha o respeito e admiração de toda minha família e acabei tendo seus dois filhos mais novos como meus melhores amigos: Taiguara (Neco) e Irapuã (Duca).
Estudei de 1986 a 1994. Foram oito anos que pareciam uma vida toda. Após o meu último na ano escola, mudei para Curitiba para continuar meus estudos e conheci outra paixão acadêmica: a Universidade Federal do Paraná, onde inclusive, trabalho atualmente.
O que aprendi na escola Fábio Barreto não foram apenas as matérias de sua grade, mas aprendi a viver. Foi lá que encontrei meu primeiro amor, dei meu primeiro beijo, tive minha primeira briga, conheci meus primeiros amigos, vi o primeiro computador (com impressora matricial).
Neste último final de semana fui a Registro para participar do aniversário de 90 anos do meu avô e tive a felicidade de visitar minha antiga escola. Fui recebido gentilmente pela atual diretora Vera Lúcia (no meu tempo era a Dona Neuza - temida pelos alunos).



Confesso que me assustei com a quantidade de grades e a depreciação (por vandalismo). O que me chamou mais a atenção foi a quadra coberta, construída durante o período em que eu estava presente. Para os alunos era um sonho realizado, já que poderíamos praticar esportes nos dias de chuva e, sendo assim, tentávamos preservar este patrimônio. Mas com o passar dos anos, parece que o pensamento mudou, pois encontrei uma quadra desativada, suja e destruída.

Quadra Coberta

Algumas coisas estão iguais, como o pátio em que brincávamos de "mãe da rua" e a grade da janela que dava choque, onde fazíamos uma corrente humana, dando as mãos, em dia de chuva, ligando a grade da janela a uma poça de água no chão para levarmos choque.

Grade das Janelas - Choques nas Correntes Humanas

Não sei se hoje é assim, mas registrei a diferença social na escola: a porta da merenda (onde os pobres comiam sopas oferecidas pela escola) e a porta da cantina (onde os ricos pagavam e comiam seus salgadinhos fritos com refrigerantes).

Merenda dos Pobres

Pátio de "Mãe da Rua" e ao fundo a Cantina "Dos Ricos"

O que eu posso dizer foi que voltei no tempo no momento em que passei pelo portão de entrada do colégio. Milhões de situações da época (não só da escola, mas filmes, televisão, música, aromas, gosto, vestuário, meu Atari...) ficaram evidentes em minha mente, como um turbilhão em uma velocidade indescritível. Um misto de tristeza, melancolia, saudade e alegria.
Fiquem com Deus!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Futebol: Da Seleção Brasileira Ao Tricolor Paulista

Seleção de 1982
Desde criança, sempre gostei de futebol.
Até o ano de 1986 (com oito anos de idade) eu era um "pseudo" corintiano, influenciado pelo meu pai. Na verdade, eu até então não sabia para qual time iria dar meu coração.

Passado Negro

A opção pelo Corinthians era pela admiração a um certo camisa 8, um gênio: Sócrates. Mas minha paixão verdadeira era pela Seleção Brasileira de Futebol, da qual fazia parte não apenas o Sócrates, mas também Zico (um dos maiores jogadores da história do futebol), Júnior, Toninho Cerezo, Eder Aleixo, Serginho, Falcão, Leandro, Renato, Oscar, Careca, Muller, Casagrande....Foram duas Copas do Mundo (82 e 86) de plena paixão pela camisa amarela e de uma dor inexplicável pelas derrotas.

Seleção de 1982 : Homenagem

A derrota de 1982 para a Itália foi a mais chocante, traumatizante. Ainda hoje, quando revejo o tape desta partida, espero um resultado diferente. Ainda não consigo entender o que houve no estádio de Sarriá (Espanha). Acho que nem eu, nem o mundo...
Em 1986 deixei de torcer com o coração pela Seleção. Não por raiva, desilusão ou qualquer tipo bloqueio programado, mas por pura falta de atração. Minha paixão se foi com a geração dos anos 80. Acabou na triste decisão por pênaltis contra a equipe da França (Copa do México). Chorei muito...Posso dizer que odeio mais o Platini do que o Zidani.
Até este ano eu já havia tentado gostar do Corinthians (pelo meu pai), Santos e Palmeiras (por influência de alguns amigos), mas foi em uma final de campeonato brasileiro que surgiu minha grande paixão: São Paulo Futebol Clube.
Um jogo que terminou empatado em 3X3 contra o Guarani de Campinas e foi decidido nos pênaltis. O Tricolor, do técnico Pepe, foi campeão. Dois dos meus ídolos na seleção estavam neste time: Careca e Muller.

São Paulo Campeão Brasileiro de 1986
Enganam-se aqueles que conhecem minha vida e acham que sou são-paulino doente em razão da parte materna da família ser de maioria tricolor (de forma esmagadora!). Sou tricolor por Careca e Muller, sou tricolor pela linda partida da final de 86, sou tricolor porque gosto de ser campeão.

São Paulo Campeão Brasileiro de 1986

Depois de Careca e Muller vieram Raí e Rogério Ceni, mas ninguém maior que o saudoso mestre Telê Santana. Aquele mesmo técnico das seleções de 82 e 86, me deu as maiores alegrias no futebol: os mundiais interclubes de 1992 e 1993.
A imagem mais marcante do futebol, para mim, foi o sorriso aberto de Telê no banco de reservas no segundo gol do São Paulo, marcado por Raí, de falta, em 1992.

São Paulo 2 X 1 Barcelona - Detalhe para o sorriso do Mestre Telê


Fantástico: São paulo Campeão do Mundo de 1992


Este jogo eu assisti com meu avô e eu tremia e suava descontroladamente.
Em 1993, contra o Milan, foi um jogo emocionante, com direito a gol "sem querer" de Muller.

1993: São Paulo X Milan - Gol "sem querer"!



Em 2005 veio o terceiro mundial enfrentando o Liverpool. A vitória veio com um gol do volante Mineiro, mas a imagem que ficou foi a defesa de Rogério Ceni na cobrança de falta de Steven Gerrard, uma das mais espetaculares que já vi. Impagável foi a cara de "bunda" de Gerrard ao final da partida.


São Paulo X Liverpol: Defesa Fantástica de Rogério Ceni

Espero que tenham gostado.
Fiquem com Deus.